sábado, 21 de setembro de 2013

I Need A Break

Eu não sou mais a mesma pessoa que eu era quando comecei a escrever um blog há quase três anos.
Sinceramente não sei dizer se mudei pra melhor ou pior, mas não tenho mais tesão em escrever sobre a minha vida num local público onde todos podem ler, te julgar e ver tudo aquilo que você tenta esconder do mundo.
Às vezes é preciso externas certos problemas e escrever sempre se mostrou um ótimo método pra mim, mas ultimamente tenho o feito em um arquivo de Word e guardado numa subpasta, dentro de outra subpasta, numa pasta oculta num submundo qualquer do meu computador. Esse método se mostrou melhor pra mim porque posso escrever tudo que quiser e como quiser, sem me preocupar com a reação de quem vai ler ou como vai distorcer algo que disse para usar contra mim.
Por sinal, outro motivo de ter perdido meu tesão por escrever na internet é isso. Já fui rotulado com tantos adjetivos ruins que ultimamente me limito a usar as redes sociais com o propósito de fazer graça, postar trecho de música e no máximo falar sobre o futebol americano.
Eu acho ridículo viver nessa sociedade do politicamente correto, mas que se guia tanto por estereótipos. Ser chamado de gay por ser à favor de direitos dos homossexuais, e de homofóbico por "ter cara de homofóbico". Ser visto como imbecil acéfalo só porque joga futebol americano e faz academia.
Queria agradecer de verdade a quem lia o Flash Is Away desde o início, quem me cobrava posts e ficava comentando comigo sobre as publicações. Este espaço ajudou muitas pessoas a me conhecerem melhor (até mesmo meus pais) e espero um dia voltar a ter ânimo para escrever algo desse tipo.
Thanks.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mayhem

Eu desenvolvi uma regra pra minha vida que era de não discutir religião, política e questões raciais na internet. O motivo é bem simples, as pessoas costumam entender as coisas errado, te colocam como idiota. Contudo, essa questão dos protestos pelo aumento das passagens me chamou atenção.
Antes de tudo, devo dizer que acho muito bacana a mobilização popular. Num tempo de acomodação, onde as pessoas acham que compartilhar uma imagem no Facebook é suficiente, ter milhares de pessoas nas ruas é uma grande conquista. Mais legal ainda foi ver nos vídeos que a maioria dos manifestantes pregava o protesto pacífico e não depredou o patrimônio público.
Óbvio que sempre existem os mais exaltados, os exagerados, os que levam bomba, os que tão ali só pra tirar foto e botar em rede social se achando a reencarnação do Che Guevara, mas o que me chama mais atenção nisso tudo é outro ponto.
Jornalista da Folha após participar do UFC SP.
A maioria das pessoas envolvidas nesses protestos critica fortemente o período da ditadura militar e (repito, A MAIORIA) é de esquerda. O curioso é que o governo contra o qual eles protestam se diz de esquerda, e tem atitudes típicas de ditadura. Tem dezenas de vídeos saindo por aí mostrando a tropa de Choque dando tiro em todo mundo, jogando bombas pra tudo quanto é lado, agredindo jornalista e todo mundo vai em cima dos caras. Eles estão errados, óbvio, mas são funcionários seguindo ordens, se querem achar os verdadeiro vilões dessa história, procurem os políticos atualmente no poder.
Outro fato curioso é que essas pessoas que estão no poder foram eleitas pelo povo. Não te dá um certo nojo saber que o Eduardo Paes foi eleito com quase 80% dos votos há menos de um ano? E o Sérgio Cabral? E a aprovação do governo Dilma passando de 50%? É complicado defender um país de gente que vota tão mal, parece que os 20 centavos de aumento na passagem são merecidos, pra que o povo aprenda um pouco.
De tempos em tempos você tem uma arma de protesto valiosíssima em mãos e caga pra isso, vendem voto por qualquer 50 reais, 20, às vezes só uma consulta no SUS. Espero que esses 50 reais ajudem a suprir a diferença da sua passagem agora.
Como atleta, eu costumeiramente treino em complexos militares e tenho de dizer que a organização e a seriedade são invejáveis, arrisco dizer que as únicas coisas que realmente funcionam com disciplina nesse país é o militarismo. Não to dizendo pra gente adotar o militarismo, já o fizemos e não deu certo, digo apenas que não devemos vê-los como o demônio e sim incorporar aspectos positivos de suas ideologias.

Eu não sou de direita, nem de esquerda, não sou comunista, nem porra nenhuma, eu só sou adepto do bom-senso. Todo mundo é revolucionário até chegar ao poder, depois chuta a escada e vira o que quiser, e as pessoas que vocês idolatravam no passado por terem combatido a ditadura tão aí, instituindo uma nova ditadura, só que dessa vez com uma maquiagem bonitinha. Eu sou contra o aumento das passagens, mas me recuso à participar de qualquer manifestação ou evento relativo à isso por não concordar com o pensamento da maioria lá presente.
No mais, aquilo tudo de sempre, não acreditem na Globo, não leiam a Veja, Feliciano não me representa e se faltar tempero na salada, bota só azeite e sal, vinagre não pode.
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Daily Song:
No Church In The Wild - The Throne


quarta-feira, 13 de março de 2013

Time Machine

De vez em quando me assusto quando paro pra pensar na minha vida. Eu moro sozinho há um ano, curso faculdade, vou completar duas décadas de vida e o mais assustador: tenho barba! É estranho ser adulto quando se acha que foi ainda ontem que você brincava de ser KND - A Turma do Bairro e tinha medo de virar adolescente.
A primeira conclusão que eu tiro disso é que os mais velhos estavam certo e bom mesmo era ser criança. Hoje em dia eu que tenho que arrumar minha casa, fazer comida, arrumar a cama, lavar a louça, tenho que estudar, treinar, viajar, fazer a barba, organizar meu dinheiro... Peraí, e aonde entra o tempo pra eu ver meus desenhos no Cartoon Network? (Por sinal, saudades de quando o Cartoon passava desenhos bons).
Bruce Wayne? Eu era o Dark Night antes de ser cool!

A minha infância teve basicamente três fases, a do Pokémon, a do Harry Potter e a do Cavaleiros do Zodíaco, ou seja, sou que nem a enorme maioria das pessoas da minha idade. Eu decorei o nome de todos os Pokémons (os 250 primeiros porque renego a existência dos demais), sabia número, golpes e tudo! Meu gameboy era uma parte do meu corpo, e eu não o soltava nem por um pote de leite condensado. Tá, por um pote de leite condensado eu largava até minha mãe naquela época!
Todas as fases acabaram tendo seu lado positivo de certa forma. Por exemplo, jogar Pokémon me ajudou muito a aprender inglês, Harry Potter me fez apreciar leitura, e Cavaleiros do Zodíaco me ensinou que tudo se resolve na porrada. Ou não.
Charmander used Motherfucking Dragon Rage... but it failed.
Sdds sofrer no Gameboy.

O que eu acho legal é que eu ainda tenho um armário com meus brinquedos mais amados na infância e sempre que o abro parece que entro numa máquina do tempo. Minha idade mental automaticamente abaixa para 9 anos e tudo ali parece voltar a ser tão legal quanto era nessa época. Quando eu vejo, já estou retardadamente brincando com algum boneco ou carrinho.
O complicado é que as crianças de hoje têm se preocupado com coisas muito idiotas e nada infantis. Me dá uma pontada no pâncreas toda vez que eu vejo esses pais que dão iPhone pro filho de dez anos ou quando eu vejo menina de doze anos falando de ir pra night pegar geral. Eu com quinze anos ainda tava mais preocupado em montar maquete de cidade do que com mulher e não vejo vergonha alguma nisso.
De vez em quando é necessário lembrar o nosso lado criança, entrar na tal máquina do tempo e se deixar infantilizar nem que sejam por 15 minutos. Sério, não existe nada no mundo mais legal do que Lego, por isso, sempre procure uma desculpa pra brincar com seu filho, primo, irmão ou até mesmo sozinho. Afinal, quem liga pro que os outros vão achar de um barbudo sentado no chão do quarto brincando de construir casinhas?
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Daily Song:
Yellow - Coldplay

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Barry Bonds*

Quem acompanha e aprecia esportes, assim como eu, deve achar fascinante a evolução do fator humano que tem ocorrido gradativamente nos últimos anos. São raríssimos os recordes mundiais que conseguem se manter por mais de dez anos sem serem quebrados. Os atletas estão cada vez mais rápidos, mais fortes e mais "máquinas".
Inúmeros fatores podem ser atribuidos à essa melhora no desempenho. Os materiais esportivos da atualidade são indescritivelmente superiores aos usados há algumas décadas atrás. Só pensa que o Pelé jogava com uma chuteira que tinha trava de prego e pesava mais do que uma bota de militar e a chuteira do Neymar é feita de fibra de bambu, pesa 150g e faz até gol sozinha se bobear.
Go, Go, Power Rangers!
A maior (e provavelmente única) discussão sobre os limites de até onde o equipamento pode ajudar a performance de um atleta que me recordo foi aquela à respeito dos "Super-Maiôs" da Olímpiada de Pequim. Acredito que a decisão de bani-lo foi correta, mas saibam que os recordes ali quebrados vão demorar uns cem anos pra serem alcançados.
 Contudo, outro fator muito mais preocupante tem feito parte da vida dos atletas e de seus resultados espetaculares: Esteróides! Como atleta, eu sou contra o uso de esteróides e não faria, mas consigo ver claramente os motivos que levam esportistas de todos os esportes a fazerem uso de anabolizantes.
Coloque-se no lugar de um menino pobre com grande talento no basquete, com futuro promissor, capacidade de se tornar um profissional, mas com altura abaixo da média do esporte. Suas opções são simples: Tomar esteróides para crescer e se tornar um atleta bem pago, ou não tomar e tentar a sorte como menino pobre e desfavorecido. Resposta fácil, certo?
O problema de um controle maior sobre anabolizantes por parte das Ligas Profissionais é que o uso é tão exagerado que funcionaria como "um tiro no pé" e prejudicaria significativamente a imagem do esporte.
Quando a Major League Baseball começou a investigar melhor sobre o uso de esteróides por parte de seus jogadores, a coisa ficou realmente feia. Muitos atletas, incluindo aqueles de maior destaque, foram descobertos e tiveram de viver com um eterno asterisco ao lado de seus nomes e conquistas, indicando que fizeram uso de anabolizantes.
Se no baseball, que é um esporte que exige relativamente pouco do físico dos atletas, descobriram-se tanta gente "dopada", imagine quantos descobririam no futebol americano? A National Football League (NFL) tem se preocupado cada vez mais com isso e vem há dois anos tentando incluir testes para HGH (Hormônio de Crescimento Humano), encontrando resistência por parte da Associação de Jogadores.
Brian Cushing é Linebacker do Houston Texans e já foi suspenso por uso de esteróides.

Essa busca por atletas melhores e a consequente evolução física no futebol americano tem gerado consequências diretas na segurança do jogo. Atletas cada vez maiores e mais rápidos se chocam de forma muito mais violenta, o que obviamente eleva significativamente o número e a gravidade das lesões.
Bernard Pollard, jogador de defesa do Baltimore Ravens, deu uma entrevista recente que chocou muita gente. Ele diz que no atual ritmo, eventualmente algum jogador poderá morrer em campo em decorrência dos contatos, e também que por mais que as regras estejam sendo alteradas para aumentar a segurança dos atletas, isto torna o jogo desinteressante e que a NFL não atrairia mais tanta atenção e pode até acabar.
Por mais chocante que sejam suas declarações, Pollard está certo. Jogo num nível muito inferior e já é visível a busca por um preparo físico melhor, e os resultados disso em campo. Felizmente nunca me machuquei seriamente jogando, nunca vi ninguém se machucar jogando, seja ao vivo ou na TV, e espero que continue assim.
A grande dúvida que tenho é a seguinte: Até onde vai o limite da evolução física em cada esporte? Depois de respondido essa, coloca-se em discussão também que caminho tomar após esse limite ser atingido. Teríamos atletas vivendo nos seus limites físicos e mentais ou teriamos um retrocesso?
O tempo nos dirá!
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Daily Song:
Fuck'Em - Rick Ross Ft. 2Chainz & Wale


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Alexander Supertramp

Falta mais ou menos uma hora pro Reveillon. Eu to em casa, sozinho, de short, no escuro, ouvindo música e escrevendo um texto pra um blog que ninguém mais lê.
É estranho mas tomei uma total antipatia por qualquer festividade e por quase tudo que envolva coletividade. Qual o sentido de passar uma data especial com pessoas que não ligam pra você, que as vezes sequer te conhecem?
Valorizam datas como se a mudança de um algarismo no calendário, ou a cor da roupa que você está usando no momento fosse alterar toda a sua vida. Nada muda até que suas atitudes mudem, e sinceramente, precisamos de muitas mudanças. A certeza de um 2013 diferente reside apenas naqueles que acertaram na Mega-Sena da virada e isso eu posso lhes garantir.

Morar sozinho traz muitas lições. Algumas são boas, como aprender a se organizar e cozinhar, e outras não tão legais, como a banalização do isolamento. Passei tanto tempo sozinho nesse ano que tive chance de refletir sobre assuntos que não conseguia morando com meus pais ou em meio aos amigos. Esse "exílio" faz com que o ser humano amadureça.
Não sei ao certo quantos amigos tenho, nem quantas pessoas sou capaz de cativar por meio de minhas atitudes, mas se pudesse palpitar diria que são menos de dez. Não vejo mais sentido em me esforçar muito pra estar junto de ninguém além destes, sinto que algumas pessoas se mostram tão mesquinhas e imbecis que não merecem receber qualquer tipo de atenção e que algumas delas só se aproximam por interesse, para usar enquanto lhe é conveniente e depois descartar em troca de quem oferece mais benefícios no momento.
Resolvi me importar menos com aqueles que não me conhecem de verdade. Em Outubro, meu time ajudou numa campanha de prevenção ao câncer de mama chamada "Outubro Rosa". Resolvi pintar o cabelo de rosa pra mostrar meu apoio e só Deus sabe o quanto eu ouvi. É frustrante ouvir críticas infundadas sobre algo tão banal como cabelo, que vai crescer novamente e que pode ser novamente pintado a qualquer momento, principalmente quando elas partem de alguém próximo como seus pais. No dia do evento, diversas senhoras da fundação ajudada elogiaram minha atitude, fiquei com sensação de dever cumprido e não me arrependo nem um pouco.
Eu acho essa foto linda, mas aparentemente sou o único. It's called "Peace of Mind"

É impossível viver sozinho, seres humanos nasceram para viver em comunidade. Contudo, a cada decepção imposta pelo mundo, seu limite de isolamento aumenta, até que você não sabe mais o quanto faz questão de ser sociável. Não me considero uma pessoa normal, sou cheio de problemas que muitos não conseguem ver. A maioria deles surgiu nas minhas relações pessoais, desde aquelas com meus pais, até com ex-namoradas, e sinceramente, não me orgulho nada de como tudo isso me influenciou.
Sou um homem de 19 anos que desenvolveu certo desprezo por qualquer relação afetiva, que consegue ser totalmente frio e apático em momentos de calor e totalmente caloroso e afetivo em momentos de frieza. Sou um ser humano que deixou de acreditar na bondade dos seres humanos, mas que ainda assim tem esperança de que se cada um fizesse o bem àqueles ao seu redor viveriamos num lugar muito diferente. Não sou isento de falhas, erro e muito, mas é isso que me diferencia de um robô. Por isso, minhas sinceras desculpas a todos a quem eu servi de mal exemplo.
Caso você tenha lido o texto até aqui, vamos entrar num acordo, não deixe que aquele monte de objetivos que você se colocou para 2013 morram antes do Carnaval. Se você quer emagrecer, passar no vestibular, arranjar uma namorada ou até mesmo "apenas" paz, leve a sério. Nunca faça ou prometa nada na vida se você não estiver realmente disposto a cumprir.
Talvez um dia eu mude, talvez um dia olhe para esta fase apenas como um episódiozinho de rebeldia na minha vida. Talvez. Talvez.

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Daily Song:
Bon Iver - Skinny Love

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SportsCenter

Cada vez mais eu acho a mídia esportiva brasileira digna de ser ignorada. Senão bastassem as dez notícias diárias sobre o Neymar (todas muito significantes, como por exemplo, sobre o novo corte de cabelo dele, o novo carro...), eles simplesmente fazem comentários sem sentido algum sobre alguns esportes.
Eu jogo futebol americano há quase 5 anos, sou apaixonado pelo esporte e acho muito anti-profissional a abordagem dada pelos sites brasileiros, principalmente o Globo.com. Para aqueles que não sabem, o "football" é o segundo esporte que mais cresce no Brasil, temos dois campeonatos de abrangência nacional, jogos televisionados semanalmente. Ao redor do mundo, o FA é praticado em mais de 140 países, o Superbowl (final da NFL) movimenta bilhões e é um dos principais eventos esportivos do mundo. Mas ainda assim, o momento favorito da mídia pra falar sobre esse esporte é quando alguém se lesiona gravemente ou morre jogando.
E você aí, andando de ônibus lotado.

Não é uma opinião desfocada por ser fã do esporte, mas futebol americano é muito mais do que a imagem de fazem de um jogo brutal, sem regras. É um desporto baseado em estratégias, e tem mais regras do que o Messi tem gols na temporada. Obviamente, é muito mais fácil criticar do que procurar conhecer todas as regras e por isso, alguns esportes acabam virando o patinho feio da história.
O curioso é que o MMA, por exemplo, que é um esporte onde o único objetivo é bater num adversário, não é visto como esporte brutal. Há uns 10 anos, a abordagem era diferente, Jiu-Jiteiro era escória da sociedade, que aprende uma arte violenta pra bater nos outros na rua. Mas aí, brasileiros começaram a despontar no esporte e magicamente a mídia modificou totalmente a imagem sobre eles e sobre tal arte marcial. E o pior, essa mudança não ocorreu porque procuraram conhecer melhor o esporte, ela se deu apenas porque ficou claro que aquele era um bom ramo para se investir pra ganhar dinheiro.
Eu não sou médico, mas posso afirmar que os riscos de lesão jogando futebol normal (soccer) é tão grande (ou maior) do que jogando futebol americano. Obviamente o uso do equipamento na versão norte-americana ajuda nessa equiparação, mas não diminui o fato de que o soccer pode ser mais perigoso que imagina.
Esses são os atletas acéfalos daquele esporte ignorante onde o único objetivo é cultuar o ódio ao time adversário.

Talvez esteja na hora de todos abrirem seus olhos e verem que o Brasil está deixando de ser o "país do futebol" e que tem tudo pra se tornar um grande celeiro de atletas. Contudo, essa transformação não vai acontecer sozinha, é necessário que o governo, as empresas privadas e a mídia providenciem o apoio necessário. Até lá, seremos sempre uma nação onde o atleta é tratado como lixo e o jogador de futebol como deus.
Existe mais do morte no futebol americano, mais do que porrada nas artes marciais, mais do que o seu preconceito besta na ginástica olímpica, e principalmente, mais assuntos legais do que o Neymar.
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Daily Song:
Rick Ross - Amsterdam

domingo, 12 de agosto de 2012

First rule in this world, baby...

Eu não sei quanto a vocês, mas às vezes eu acho que vou ficar maluco com algumas situações que acontecem comigo. Isso acontece porque resolvemos dar valor à bobeiras e esquecemos de pequenas regras da vida que ficam implícitas o tempo todo.
A primeira delas, e a que considero mais importante, é: A vida não é justa! Ninguém, em momento nenhum disse que ela seria e não sei porque temos essa ilusão de que ela será. A Lei de Darwin não se aplica aos seres humanos, a de Gérson sim. Muitas vezes, o funcionário contratado por uma empresa não será aquele com o melhor currículo ou que lida melhor com situações adversas, mas sim aquele mais bonito ou com um contato forte para indicá-lo para tal vaga. Por isso, faça seu melhor sempre, tenha certeza que se algo não der certo pra você, não foi por incompetência sua e sim daqueles que deixaram de te dar a oportunidade merecida.

Segunda regra: Tudo morre ou vai embora. Nada é eterno, meu jovem, nem mesmo você. É apenas uma questão de tempo até que as coisas tenham um fim, e é isso que faz com que elas tenham graça e significado. É natural criar afeto por algumas pessoas e até mesmo por alguns objetos, mas lembre-se sempre que não vai ser eterno. Procure, portanto, sempre fazer o melhor enquanto você pode e não fique se lamentando quando algo importante for embora.

Terceiro ponto: (in)felizmente, as pessoas têm pontos-de-vista diferentes. Pensar de forma diferenciada levou o homem a mandar caravelas pelo oceano e descobrir um novo continente, mas também fez com que milhares de minorias étnicas e religiosas fossem colocadas em campos de concentração e posteriormente assassinadas. Todos sempre acham que agem de maneira certa e não adianta tentar fazer lavagem cerebral para que ela mude. O máximo que podemos fazer é apresentarmos o nosso ponto de vista e caberá ao outro decidir ou não por seguí-lo. É um ponto muito difícil pra mim, por exemplo, não julgar quem não segue as mesmas ideologias que eu, mas tenho feito meu melhor de entender que isso diz respeito apenas à eles e não à mim.

Além desses, existem outros pontos menores que valorizo muito, como a importância de manter a palavra para um homem, mas essas podem ser questionadas e prefiro não citar por serem mais individuais. Espero que o que escrevi sirva de algo, afinal, acho que não preciso ficar falando de amor pra ter a atenção de vocês.
Agora para de ler esse tal de Bernardo Scofano e vai ler alguma coisa que presta!
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Daily Song:
The Fighter - Gym Class Heroes ft. Ryan Tedder

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Haters Gonna Hate!

Desde que o primeiro ser humano conseguiu conquistar alguma coisa, eu tenho certeza de que tinha um infeliz com inveja doido pra tirar a alegria dele. Adão, por exemplo, tava lá de boa no paraíso, desfilando peladão, com sua esposa, mas aí, claro, a Cobra ficou com inveja e fez questão de fuder com a vida do cidadão. Popularmente, esse tipo de pessoa é conhecida como "hater".
Classificar um hater é um procedimento muito fácil. Em sua maioria, eles são pessoas que nunca conquistaram nada em suas miseráveis vidas (e que nunca irão) e por isso, se vêem obrigado a odiar tudo que qualquer pessoa conquiste ao seu redor. Não importa o que o outro tenha ou consiga, um profissional na arte de odiar sempre arrumará defeitos para tentar diminuir! "-Você viu que Fulano comprou um novo carro? -Sim, mas não gostei -Como assim? É uma Ferrari! -É, eu sei, mas vermelho tá fora de moda, o modelo dele é de 2010 e não de 2012, isso sem falar que agora a moda é ter Lamborghini!"
They see me rollin', they hatin'!

Óbvio que pessoas normais também falam mal de algumas coisas, mas por isso é importante ter fundamentos para sua crítica. Eu, por exemplo, critico muito certos hábitos, como "sair por aí pegando geral", ingestão excessiva de álcool e uso de drogas, mas tenho diversos argumentos pra defender meu ponto-de-vista, principalmente se levado em conta que não são saudáveis.
Se você pensa que apenas Lebron James da vida tem seus odiadores, você está muito enganado. Conquiste qualquer coisa, uma vaga na faculdade, compre um celular novo, entre num bom emprego e até mesmo comece a namorar uma menina legal, e veja como vai chover gente pra te criticar, te diminuir e tentar roubar sua namorada.
Tem uma frase que eu gosto muito do Kanye West, onde ele fala sobre todas as críticas que ele recebe, que traduzido fica mais ou menos assim: 
"Eu sou um bom alvo, porque eu aguento as críticas. Eu sou um alvo fácil porque eu não me encaixo à padrões. [...] Na sociedade atual, qualquer um que decide seguir seu próprio caminho é ridicularizado e você tem que ser forte pra lidar com essa situação."
 Eu tô longe de ser um Kanye, mas eu também sou diferente dos padrões e sinto muito isso que ele diz. Eu não me contento com pouco, nem com ser mais um, eu quero sempre me destacar, ser o melhor, e lógico que ao mesmo tempo que isso cativa muitas pessoas a apoiarem, gera também uma quantidade absurda de hater. Mas como diz a música, motivação pra mim são eles dizendo o que eu não posso ser.
Ignore o erro gramatical, foque-se na dancinha do KiD CuDi
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Daily Song:
Hate - Jay-Z Ft. Kanye West

sábado, 28 de julho de 2012

The College DropIN (Pt2)

Como tinha comentado, esse post falando sobre faculdade seria divido em duas partes, mas achei que essa parte 2 saíria antes. Droga, não tenho nem uma desculpa esfarrapada pra apresentar pros leitores.Vamos ao que interessa...
Imagine uma pessoa mimada e que nunca teve que fazer nenhuma tarefa doméstica, esse era eu. Ser filho único tem suas vantagens, e uma mãe com mania de arrumação também. Não fazia por não saber, só não achava necessário arrumar a cama se depois de 10 minutos minha progenitora desfaria meu esforço para arrumar da forma que ela acha melhor.
Dividir apartamento é que nem participar daqueles reality shows, só que no final você não ganha 2 milhões e sim contas pra pagar. O primeiro grande desafio é conviver com seus companheiros, que vão ter divergências com você em alguns aspectos. Muita gente não têm maturidade de assumir esse tipo de responsabilidade e por isso, acha que seu prato vai magicamente se lavar se deixado na pia, ou que deixar roupas jogadas pela casa ajuda a dar um toque mais classudo à decoração. Dica de amigo, o quanto mais arrumada e limpa você puder deixar a sua casa, melhor para você. Ninguém nasceu para viver em chiqueiro e até o seu humor melhora quando você vive num ambiente arrumado.
É assim que passo as noites de Sexta-Feira, treinando. Minha vida-social pode ser nula, mas eu to melhorando em campo (:

Outra questão legal é culinária. Quando eu morava com meus pais as únicas coisas que eu sabia realmente fazer eram Nescau, banana amassada, sanduíche e pipoca. A situação era tão feia que um amigo teve que me ensinar a fazer miojo! E se você acha isso deplorável, imagine quando eu contar que eu tive que jogar no google "Como fazer ovo cozido". Hoje, com ajuda da internet e do Disk-Mãe eu já sei fazer até algumas coisas gostosas. É muito importante manter uma disciplina alimentar, pois é natural que, quando morando sozinho, as pessoas optem por comer coisas mais fáceis (tipo fast-food) ou comer bem menos. É muito comum o sujeito virar um Snorlax, ou um faquir em questão de semanas por causa disso.
Outra dica que dou é procurar fazer sempre planos com antecedência. Pense em cerca de 10 amigos com o qual você toparia dividir apartamento, porque no final das contas, dessas dez opções, só sobrarão um ou dois. E uma vez que tenha se mudado, procure conhecer sua vizinhança, seus porteiros, seu novo habitat como um todo.
This is Ipanema

Pra finalizar, queria comunicar que o Rio de Janeiro continua lindo... e caro, e cheio de trombadinha, e quente, e um caos, mas lindo!
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Daily Song:
Juicy J - Who Da Neighbours

quinta-feira, 7 de junho de 2012

The College DropIN (Pt.1)

A vida é uma loucura, meus jovens! Um dia estava em casa, fazendo nada, já pensando em me matricular no cursinho pré-vestibular e no outro, POOF!, fui chamado pra UFRJ, pro curso que eu queria! É uma mudança bem drástica, de repente você se vê morando sozinho, num lugar que não conhece, longe dos pais, etc. E como sei que tem muita gente que lê o blog que já passou, ou vai passar por isso, achei que seria legal vocês virem como tem sido minha experiência.
Pra quem não sabe, eu escolhi fazer Relações Internacionais, que é um curso teoricamente novo, que tá crescendo muito, mas que a maioria das pessoas não sabem nem pra que serve. Muita gente acha que é só pra formar diplomata, o que não é bem verdade. Um internacionalista tem uma área de atuação bem ampla, que inclui trabalhar com comércio exterior, no setor público, com direitos humanos, em organizações internacionais...
Até o meio do meu terceiro ano, eu tinha certeza que faria Engenharia (ou Química, ou Nuclear), mas algo me deu um estalo, comecei a ler e procurar um pouco mais sobre RI e confesso que gostei. Minha primeira opção era a Universidade Federal Fluminense, por ficar numa cidade próxima do RJ, mas bem menos violenta e mais barata também. Como o destino é um brincalhão, o único vestibular que eu fui mal, foi logo esse. Não passei, fiquei frustrado e o sentimento só aumentou depois que eu vi como o tal do SISU é uma coisa ridícula. As notas de cortes estavam tão extravagantemente altas que eu já tava cogitando ir fazer faculdade na Paraíba, no Rio Grande do Sul, e por aí vai! 
Créditos pro "RI da Depressão" do Facebook, sempre postando coisas legais e motivadoras pra gente, como a imagem acima.

Numa Quinta-Feira eu fui convocado pela Univesidade Federal do Rio de Janeiro, na sua terceira reclassificação. No Sábado vim para o Rio, no Domingo tive meu primeiro treino no Botafogo (Sim, to jogando no Botafogo agora, fiquem felizes por mim), na Segunda fiz matrícula às 14h e minhas aulas começaram às 18h30. Tão na pressa que deixei até o Jack Bauer com inveja.
Tô gostando muito do curso, sinto falta da Matemática um pouco, mas consigo viver bem sem ela. Se você pensa em fazer RI também, começa a já ir lendo Maquiavel, Tommas Hobbes e seus amiguinhos que vai chegar lá com uma base excelente.
 O ambiente universitário é BEEEEM diferente do escolar. Pra começar, esqueçam tudo aquilo que vocês aprenderam vendo American Pie, é mentira! Em qualquer curso de humanas você vai ter tanto texto pra ler que tem que escolher em algum ponto entre lê-los ou dormir. Minha escolha é clara porque já contei à todos o quão sagrado é o meu tempo de soneca.
Outro aspecto bem diferente é que não tem mais professor te cobrando, então tem aluno que raramente vai à aula, é permitido sair quando quiser da aula, tem sempre um de chinelo tranquilão, tem gente matando aula pra beber às custas dos pais. Mas vai de cada um, num ambiente com tantas diferenças é importante saber conviver com todas elas e respeitá-las independente de te agradar ou não.
Gosto muito das amizades que fiz até agora e tenho não só curtido muito as disciplinas como também tenho tirado boas notas, o que me deixa bem feliz. Ter um CR (que é a média de todas suas notas) alto abre inúmeras portas em relação à estágio e grupos de pesquisa organizados por alguns professores, o que pesa muito não só no currículo, mas também na sua formação como profissional.
Se vocês ficaram em dúvida sobre como é uma aula de RI e tal, achei um vídeo bacana, que resume perfeitamente como é, em todos os aspectos. É pequenininho, vale a pena ver:

Como os professores estão em greve, os servidores estão em greve e até os alunos (???) estão em greve, tô em casa forçadamente, mas to aproveitando pra fazer umas leituras. A parte 2 desse post sai na semana que vem e vai falar sobre como é viver sozinho. Se curtirem, deixem um feedback, e suas dúvidas, quem sabe não sai uma parte 3 também?
Vão estudar, juvenis vadios!
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Daily Song:
I Love College - Asher Roth